Quando a entrega do imóvel não chega; mas as contas, sim
Existe uma infeliz realidade do mercado imobiliário. Imagine que o consumidor faz tudo certo: pesquisa, planeja, assina o contrato, paga as parcelas.
Acredita que, ao final da espera celebrada em contrato, receberá as chaves e um novo capítulo da sua vida chegará.
Mas... a obra atrasa.
E o que era para ser o início de uma história vira uma longa espera.
Enquanto a entrega não chega, chegam o aluguel, as contas extras, as incertezas e, principalmente, a sensação de que algo não saiu como deveria.
A boa notícia é que a legislação prevê mecanismos para lidar com essas situações. Não são atalhos nem soluções mágicas, mas caminhos construídos para equilibrar a relação entre quem compra e quem constrói.
Indenização por prejuízos materiais, revisão de cláusulas abusivas e até o distrato podem ser opções, dependendo do caso.
Cada situação é única, e a melhor decisão surge quando conseguimos olhar para o contrato com a mesma atenção com que olhamos para os tijolos de uma obra: camada por camada.
No fim, o que o consumidor busca não é vantagem. É apenas receber, no tempo justo, aquilo que foi prometido.
E quando isso não acontece, informação e orientação adequada deixam de ser um luxo e passam a ser uma necessidade estrutural.